sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Uso do vocativo

Vocativo

Para "chamar" o ouvinte

Apesar do nome deste conceito de análise sintática, o vocativo é um termo isolado da oração que faz parte do seu dia a dia. Veja o que é e saiba como identificá-lo.

"Ó de casa, posso entrar?"

Você já deve ter ouvido essa expressão curiosa e indiscreta. Pois bem, a expressão "ó de casa" no exemplo acima é um vocativo.

Vocativo é a expressão que indica um apelo. Usando um vocativo podemos invocar, no discurso direto, um interlocutor. É por isso que o uso do vocativo marca a existência de um diálogo, real ou imaginário.

Podemos ver vários exemplos de vocativos usando a interjeição ó.


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Temos o vocativo até no Hino Nacional, você se lembra?


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O vocativo é utilizado tanto na linguagem afetiva ou coloquial como na linguagem elevada e poética.

Vamos ver como o poeta árcade Tomás Antonio Gonzaga chamou sua amada Marília dentro de seus versos:


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O poeta romântico Castro Alves também usou o recurso do vocativo:


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Na linguagem de todos os dias, o vocativo está sempre presente. Quando redigimos cartas ou bilhetes a alguém, usamos o vocativo. Quer ver?


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No caso de cartas comerciais ou ofícios, há possibilidades diferentes de usar a pontuação.


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O vocativo pode estar no início, no meio ou no fim da oração:


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Sempre, sempre o vocativo aparece isolado entre vírgulas, se estiver no meio da oração. Claro, se estiver no começo, usamos a vírgula depois. Se o vocativo estiver no fim da oração, usamos a vírgula antes.

Outra curiosidade, pensando em análise sintática. O vocativo, por se referir a um interlocutor, não está subordinado a nenhum termo da oração.

Só mais um detalhe: Não confunda a interjeição ó com oh!, que exprime admiração, alegria ou qualquer outra forte emoção. Depois do oh exclamativo usamos uma vírgula, o que não acontece com o ó vocativo.

Oh, céus! Oh, dia! Oh, azar!

Ah, só para completar o diálogo no comecinho desse texto:

"Ó de casa, posso entrar?"
"Claro, meu amigo! Estava mesmo pensando em você."
"Oh!" 
 
Fonte: Uol Educação. <http://educacao.uol.com.br/portugues/vocativo-para-chamar-o-ouvinte.jhtm> acesso em 27 jan. 2012

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ortografia: quando usar "ç"

Ortografia, cujo significado é escrever direito, é um dos assuntos mais temidos pelos jovens estudantes em virtude do número de regras existentes. É-lhes difícil memorizar a todas, pois não leem muito nem escrevem sistematicamente, dois dos principais segredos para aprender a escrever as palavras adequadamente.

Quem tem o hábito de realizar boas leituras e de escrever ao menos um texto por semana aprende com mais facilidade a arte de escrever corretamente, se aliar a isso consultas constantes a dicionários de boa qualidade.

Observe a seguinte oração:
  • "Uma das intenções da casa de detenção é levar os que cometeram graves infrações a alcançar a introspecção, por intermédio da reeducação."
Nessa frase, há seis palavras escritas com Ç: intenções, detenção, infrações, alcançar, introspecção e reeducação. As regras quanto ao uso do Ç são as seguintes:

1- Usa-se Ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em -TO, -TOR e -TIVO. Por exemplo:
Canto - canção
Ereto - ereção
Conjunto - conjunção
Infrator - infração
Setor - seção
Condutor - condução
Relativo - relação
Intuitivo - intuição
Ativo - ação
Três palavras da frase apresentada obedecem a essa regra:
Intento - intenção
Infrator - infração
Introspectivo - introspecção

2- Usa-se Ç em substantivos terminados em -TENÇÃO derivados de verbos terminados em -TER:
Conter - contenção
Manter - manutenção
Reter - retenção
Deter - detenção

3- Usa-se Ç em verbos terminados em -ÇAR cujo substantivo equivalente seja terminado em -CE ou em -ÇO:
Lance - lançar
Desenlace - desenlaçar
Abraço - abraçar
Endereço - endereçar
Almoço - almoçar
Uma palavra da frase apresentada obedece a essa regra:
Alcance - alcançar

4- Usa-se Ç em substantivos terminados em -ÇÃO derivados de verbos de que se retirou a letra R:
Exportar - exportação
Abdicar - abdicação
Abreviar - abreviação
Uma palavra da frase apresentada obedece a essa regra:
Educar - educação.

O estudo da ortografia exige atenção de quem escreve. É necessário realizar as analogias entre palavras. Ao escrever um vocábulo, ter a ciência de que ele proveio de outro, o que nos obriga a escrevê-lo de determinada maneira, e não de outra. É preciso paciência. Só aprende a escrever adequadamente quem treina sistematicamente. Portanto, leitor, mãos à obra!
 
Por: Dílson Catarino leciona gramática na 3ª série do ensino médio e no cursinho pré-vestibular do Colégio Maxi, em Londrina (PR). Veja outras dicas de gramática no site do professor. E-mail: dilsoncatarino@uol.com.br 
Fonte: UOL Vestibular: <http://vestibular.uol.com.br/pegadinhas/ortografia-quando-usar-c.jhtm> acesso em 24 jan. 2012

Havia ou haviam?

Havia ou haviam?

Por Thaís Nicoleti
 
Sempre é bom lembrar que o verbo “haver”, quando empregado no sentido de “existir” ou de “ocorrer”, é impessoal. Isso quer dizer que deve ser conjugado apenas na terceira pessoa do singular, qualquer que seja o tempo (há, houve, havia, houvera, houver, houvesse etc.).

O mesmo vale para os auxiliares do verbo “haver” em construções do tipo “deve haver”, “pode haver”, “vai haver”, “há de haver” etc. No fragmento abaixo, o redator tratou como sujeito aquilo que é objeto direto:


No seu bolso, os policiais da Deatur encontraram outros dois relógios de luxo, da marca Rolex. Na casa dele, haviam outros 14 relógios.


Como nessa acepção não admite sujeito, o verbo “haver” deve permanecer no singular:


No seu bolso, os policiais da Deatur encontraram outros dois relógios de luxo, da marca Rolex. Na casa dele, havia outros 14 relógios.
O verbo “haver” pode admitir o sujeito, mas isso geralmente ocorre em situações formais (“Nunca houveram o que perderam”, “Não houvemos o resultado pretendido” etc.). Entre as menos formais (e mais frequentes) estão aquelas em que é empregado como auxiliar: “Eu hei de vencer”, “Eles haverão de entender isso em algum dia”, “Eles haviam chegado antes do anoitecer” etc.

Fonte: Dicas de Português - UOL Educação: <http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/havia-ou-haviam.jhtm> acesso em 24 jan. 2012

"Por hora" é diferente de "por ora"

"Por hora" é diferente de "por ora"

Por Thaís Nicoleti
 
“A Ford não irá renovar o EcoSport à toa. Em alta, o mercado de jipinhos urbanos ganhou novos concorrentes em pouco tempo. 
 
Por hora, os principais rivais que a próxima geração do Ford encontrará pela frente são Citroën Aircross e Renault Duster, que marcaram a estreia das montadoras francesas nessa briga.”
 
“Por hora” é diferente de “por ora”. “Hora”, com h, é um intervalo de 60 minutos, enquanto “ora” equivale a “agora” ou “neste momento”. É a forma “ora” que integra a expressão “por ora”, equivalente a “por enquanto”.
 
Pode-se dizer, por exemplo, que um empregado recebe certa quantia por hora de trabalho. Nesse caso, estamos fazendo referência ao intervalo de 60 minutos. Isso é muito diferente de dizer, por exemplo, que, por ora, nada foi definido.
 
Veja alguns usos da palavra “ora”: 
 
1.      Os alunos que ora estão aqui devem preencher o formulário. 
 
Nessa construção, “ora” é advérbio e significa “agora, neste momento”. 
 
2.      Ora é gentil, ora é rude. Seu comportamento varia muito.
 
No período acima, “ora” tem valor de conjunção. Trata-se do par correlativo ora... ora, que indica alternância.
 
Como interjeição, pode aparecer em frases do tipo
 
3.      Ora, não me venha com essa!
 
Abaixo, a correção do fragmento que encabeça este texto:
 
A Ford não irá renovar o EcoSport à toa. Em alta, o mercado de jipinhos urbanos ganhou novos concorrentes em pouco tempo. 
 
Por ora, os principais rivais que a próxima geração do Ford encontrará pela frente são Citroën Aircross e Renault Duster, que marcaram a estreia das montadoras francesas nessa briga. 
 
Fonte: Dicas de português - Uol Educação: <http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/por-hora-e-diferente-de-por-ora.jhtm>, acesso em 24 jan. 2012